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domingo, 6 de janeiro de 2013

Reportagem do "Globo Rural" sobre o Jumento Pêga



Neste domingo, 06/01/2013, o programa "Globo Rural" comemorou 33 anos com um especial sobre as raças de cavalos marchadores brasileiros. São seis raças formadas no país: o cavalo Mangalarga; o Mangalarga Marchador; o Piquira; o Campolina; e o jumento Pêga, raça esta desenvolvida no atual município de Lagoa Dourada no século XIX. A principal característica do cavalo marchador é manter por mais tempo três patas no chão ao andar, diferente de outros cavalos que alternam duas patas no ar e duas no chão. É esse atributo genético, reforçado no adestramento, que confere um cavalgar macio e confortável para o cavaleiro.

O repórter Nélson Araújo visitou fazendas históricas nas montanhas de Minas Gerais que serviram de berço para as raças Mangalarga e Mangalarga Marchador. Ainda em Minas, o repórter mostrou o menor dos marchadores, o Piquira, um pônei brasileiro. Em Santa Catarina, ele conheceu o cavalo Campeiro das Araucárias e no Rio de Janeiro e em Entre Rios de Minas, o Campolina, cavalo de porte alto e bela pelagem. Voltando a Minas, o repórter foi em Lagoa Dourada, mais precisamente no Rancho Dourado, que tem um expressivo plantel de jumentos e muares Pêga.







Entre as raças marchadoras brasileiras, há uma que não é de equinos, mas de asininos, a família dos asnos, das mulas e dos burros. O berço do jumento pêga é o município de Lagoa Dourada, na região do Campo das Vertentes, em Minas Gerais.

Em 1810, o padre Manuel Torquato experimentou cruzar jumentos das raças egípcia e siciliana. Depois de quase 40 anos de seleção, vendeu a tropa para o coronel Eduardo Resende que vivia na fazenda Engenho dos Cataguases. O coronel levou em frente a criação, padronizou, multiplicou a nova raça, perpetuando inclusive a mesma marca que o padre Torquato usava: o desenho de uma algema de escravos que era chamada de pêga.

O pêga guarda a marca ancestral que, na cultura cristã, lembra que o jumento é um animal sagrado. É a faixa crucial, que corta o fio do lombo do animal e desce pelos ombros. Na fuga para o Egito, Maria vai montada num jumento. O sinal cruzado seria o indicativo do xixi do menino Jesus.

Para o veterinário Rivaldo Nunes, da Associação Brasileira dos Criadores do Jumento Pêga, esta raça tem uma extraordinária capacidade de transmitir o andamento marchado. Quando se quer muar de marcha é o cruzamento recomendado. Para quem o assunto não é familiar, a gente lembra que é cruzando asinino com equino que se produz mulas e burros.

Mesmo com toda a mecanização que tem havido no Brasil nas últimas décadas, é grande ainda a demanda pelas tropas de muares. Animais de sela confortáveis e resistentes para cavalgada e todo tipo de serviço.


Fonte: Portal G1

2 comentários:

  1. para que serve este animal?

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    1. O Pêga, por ser um muar, é um animal muito resistente e, por ser um marchador, é um animal muito confortável. Então, o Pêga serve tanto para o trabalho no campo, quanto para passeios e concursos de marcha.

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